ao meu pai

Ao meu Pai.

Sabe pai hoje acordei lembrando do senhor, lembrei de quando lia pra mim tantas historias, ai lembrei quando senti na frente do computador pra escrever mais um capitulo do meu conto... sabe lembrei de como sua voz me fazia viajar nas linhas dos romances de José de Alencar, de como eu conseguia ver as matas verdejantes, de como eu conseguia sentir o cheiro no cabelo de Iracema, ou ainda sentir vontade de correr como a ema veloz... foi então que me dei conta que foi a forma como lia pra mim que me fez aprender a amar os livros, as letras e as palavras.

Sei que não sou a filha mais perfeita mas pai, obrigada, por ter me ensinado a ser melhor, a ser forte, a levantar sem medo de cair de novo, sempre vi em seus olhos severos, uma frase do tipo:” nem sempre estarei aqui para te levantar” e sabe eu cai e tive força pra levantar, levantei e hoje sou forte como o senhor me ensinou a ser em seu silencio, obrigado pai por tudo. Pelas vezes que ficou calado, pelas vezes que me aplaudiu na apresentação na escola na vez que tentou me ensinar latim mas eu praticamente não aprendi, nas vezes que me mostrou que a vida dá muitas pancadas mas que nos temos que levantar e ir em frente, sabe pai, eu aprendi muito mais em seu silencio que em turbilhoes de palavras que meu professores falavam.

Me desculpa pai pelas vezes que te fiz chorar, pelas vezes que tentei te mostrar da forma mais torta que achei que sou forte, mas é que sabe mãe tem razão nos somos bem parecidos, um com o outro, na verdade muito parecidos... não só na fisionomia mas no jeito de ser e de pensar.

Painho as vezes queria ainda ser menina e sentar em seu colo e ouvir o senhor Iracema ou O Guarani e me perder naquelas matas em meio aos meu sonhos, já que esse foi o único cinema que fui em toda a minha vida o cinema que me guiaste pela mão.

Obrigada pai por tudo e muito mais!

Sua filha!

Eu

Aglae Diniz
Enviado por Aglae Diniz em 11/08/2013
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