De que reclamas, afinal, minha amiga?
Querida, jamais te sintas “um caco”, pois és mulher e só porque és esse ser divino, já linda, és. Uma mulher linda tem o direito e até a obrigação de olhar “por debaixo” ou por cima de qualquer coisa, inclusive porta, sempre de forma altiva, à procura do que mais lhe interessa o amor, para sentir ou para fazer. Mas, jamais te esqueças de deixar a tua aberta.
Foge das “sombras” que te perseguem. Quando isso acontecer procura refúgio nos braços de alguém, faze amor, muitas vezes, até que as “sombras” se cansem e desapareçam.
Fazer amor, com muito tesão, é remédio para tudo, até para afugentar as “sombras” que nos perseguem, porque o ruído do nosso gozo vai com certeza assustá-las, afugentá-las para longe e para sempre.
Quando te sentires “em cacos, retalhada, despedaçada” procura algum artesão da alma ou do corpo – o mais indicado – aquele que te dará mais tesão e refaça os teus cacos.
A “felicidade” é “um cavalo encilhado” que passará na tua porta e terás que estar atenta para montares nele, rapidamente, antes que desapareça na curva do caminho...
Se o provaste e gostaste do “sabor” e agora queres “odiá-lo” prova-o novamente, uma, duas, várias vezes até “enjoar” e quando isso acontecer prova em outra boca o beijo que procuras que, além de sabor diferente, encontrarás mistérios e prazer e sentirás nele amor, paixão, tesão em vez de dor (quem sabe?)
A mulher, “pimenta que arde”, é perigosa mais é a que tem o melhor sabor. E sabor como este não foi feito só para um apreciador. Fuja dos apreciadores ciumentos, inseguros. Procura este homem ele existe e pode estar ao teu lado.
“Malcriada” todas são quando se sentem ofendidas.
Saber “pedir desculpas” é uma virtude que se contrapõe para poder equilibrar a mulher anterior.
“Fazer promessas” e não cumprir só é perigoso quando as fazemos aos santos. Tu és baianinha e disso entendes, melhor do que eu, que sou carioca e, disso, apenas ouvi falar.
Virar “do avesso de novo”, ser “veneno puro”, “pimenta que arde” tudo isso reunido numa só mulher é qualidade de uma bela “potranca” e não defeito – é assim que eles, os gaúchos, se referem às mulheres gostosas lá nos pampas, com os quais concordo. Qualidades, eu repito, de uma bela “potranca” que ainda não se deixou montar por um exímio cavaleiro que saiba apaziguar, acalmar todo o teu furor uterino, esse tesão, tantos anos, compulsoriamente, acumulado.
A mulher que é, portanto, jamais se permitirá ser um CACO!