Bons dias, Edu!
Meu amigo-irmão em Cristo Jesus! Escrevo inspirado em você, que é um homem espiritual, e que, assim, me faz pensar sobre as possibilidades que temos de prosseguir na Fé em Deus, ou seja, na Fé no Amor de Jesus Cristo [Hebreus 11,1. Romanos 7,12-15] - com todas as nossas naturais limitações. Inspiro-me, também, hoje, na pessoa que mais sofreu injúrias, calúnias e difamações, completamente inocente, por minha falecida e eternamente amada mulher, e, por mim... por meu estado espiritual, psicológico, e físico...
Assim, distante de qualquer ressentimento, escrevo na esperança de ser útil a quem quer que seja... com a felicidade de poder tansmitir algo de bom, com as citações Bíblicas que são a base do meu (naturalmente limitado) entendimento.
Esta cartinha é essencialmente reflexiva a respeito do Amor, com a pretensão de (nos) ser útil, isto é, destinada à (nossa) prática diária [Salmos 90,4. II Pedro 3,8] com vistas à perfeição [Mateus 5,48. Filipenses 3,17. Efésios 5,1] - sem recear ser(mos) soberbo(s), ciente de toda a minha (natural) limitação.
A Fé “remove montanhas”? Sim! Mas se interpretada de forma fundamentalista (gramatical, literal, tomada ao pé da letra), NÃO! Não vai sequer balançar o montinho de lixo que está ali pra ser jogado na lixeira. Muito embora a “ciência prove” que há contribuição da fé na melhoria dos enfermos, prefiro, até onde puder, não ter a Fé no meu interesse próprio, ou no meu próprio interesse... Aliás, é evidente que essa “fé logicizada”, que pode até ser “vista e provada” cientificamente nas suas causas e efeitos, nada tem a haver com Hebreus 11,1 – ver e provar o que é, na Sua natureza, tanscendental - Deus -, é demonstrar um primitivismo tal qual os índios tinham (ou têm) sobre a explosão e o fogo da arma de Caramuru...
Como “ver” ou “provar” o Amor? No máximo tem-se a ciência, por imagem, por representação, de que Ele não deixa ninguém morrer – basta olhar para Jesus Cristo que está vivo, vivíssimo entre nós há mais de 2000 (dois mil) anos orientando a vida de mais de 2.000.000.000 (dois bilhões) de pessoas humanas.
Nessa busca incessante de comprovar (“testemunhar”) a existência de Deus com milagres, logo, logo, o deus que não corresponde às expectativas humanas é menos forte que aquele outro que anda por aí curando, dando emprego, dinheiro etc., e fica aberta a porta para a decepção, e o descrédito...
Na medida em que o que pode ser visto pelos olhos do Homem tocam as coisas tangíveis, e exequíveis, entra em cena a matemática (probabilidades e estartísticas) e a física – sem falar no aspecto psicológico da endorfina manipulada para “amar”, principalmente por criar, concretamente, o prazer (psicossomático).
Neste descompasso, a “fé em deus” torna-se um vício... uma dependência psicológica que em nada difere da compulsão pela jogatina (o mecanismo mentl é o mesmo)... A mera “esperança” no prêmio já é eficaz e eficiente para entorpecer e originar a “felicidade”... O “venha a nós” é tomado ao pé da letra... E onde fica Vosso Reino, que é o Reino do Amor? Ou seria o reino das coisas, das “bênçãos”, dos “milagres”, da “grana” etc.? Onde fica o dar, doar e distribuir o Amor?
O misticismo (ocultismo), que era a prática de alguns, toma vulto... Pelo medo, ou pela dor-sofrimento, busca-se um deus externo, um deus milagreiro... É lencinho pra lá, copinho com água pra cá... tudo no suposto de que os objetos têm “poder”... Critica-se as “imagens”, no entanto, jamais se viu tantas imagens personificadas nas pessoas de líderes religiosos (ou “cultistas”)... Essas personagens ainda têm o poder da fala... Em “nome de Deus” fazem as peesoas sentar, levantar, aplaudir, gritar... e, mormente, se sentir devedoras, culpadas e temerosas... Fortalecem a crença e os egos de todos... porém, no sentido de que vão conseguir algo...Mas ninguém pergunta: - “o que vocês fizeram hoje para materializar o Amor de Deus? O que vocês fizeram hoje para concretizar e vivenciar o Amor ao próximo e ao inimigo? É raríssimo quem faça... de regra passam ao recolhimento dos dízimos “para continuar a obra”: dar fé para participarem do “jogo”!... A exploração da “fé” é generalizada...
Quem tem pecado, problema, enfermidade, ou falece (e todos os seres viventes têm), está “pagando” por alguma coisa... ou está no lugar (igreja ou culto) errado, isto é, no lugar onde não recebe o que tem direito a receber – diametalmete diverso do que diz João 9,1-5.
Misturam sacrifício (sacra officio – trabalho, ou função sagrada, ou seja, aprovada no meio cultural) com o martírio, a dor-sofrimento, ou, a violência como forma de expiar pecados...
Entretanto, se espero outra coisa que não Amar Deus, e amar a todos sem acepção de pessoas [Deuteronômio 10,16-17. Romanos 2,9-11], de certo confundo a Força da Fé com um jogo de probabilidades do que posso ter em meu benefício, dando a isto o nome de “benção” – vida, saúde, dinheiro etc. Aqui, sim, sendo o que espero o esperado em “troca” do que Deus poderá me dar, perco a noção do que significa Amar o Pai desinteressadamente...
Até onde eu posso saber, Jesus Cristo deu e deixou o Seu testemunho da Fé em Deus, e, não, da fé para conseguir manter a própria vida e saúde (biologica - fisiológica), e muito menos, para obter “graças” ou “bençãos” (coisas materiais ou imateriais) para o Seu próprio bem estar, benefício ... ou deleite... [rever Jó].
Onde no Novo Testamento está registrado que Jesus Cristo tenha deixado, ao menos, um centavo para alguém (o que não seria mais Testamento para ser um Codicilo) ? Assim, de onde, como e porque vem e se estabelece essa corrida desenfreiada pelos bens-interesses materiais (que, hoje, se concenta no dinheiro), e imateriais (“poder”, “autoridade”, “direitos”, “prosperar” “sucesso” etc.)? [Mateus 18,18-20]
O único e exclusivo Bem deixado por Jesus Cristo: AMOR!
A Fé em Deus se resume nisto: - “Amar a Deus”, e, “amar o próximo, e os inimigos”.
Fé que pode ser traduzida em evitar, não deixar evoluir, diminuir ou extinguir a dor-sofrimento de quem quer que seja, e esteja onde estiver (pois Deus não faz acepção de pessoas) [Deuteronômio 10,17. Romanos 2,9-13], - por pensamentos (proposta mental, meditação, oração, reza, prece etc.), palavras, e obras.
Creio que o (nosso) exercício diário é Amar a Deus, os nossos irmãos (indivíduos), e os nossos inimigos (pessoas e ou obstáculos) [Deuteronômio 6,5. Mateus 5,43-45; 22,36-40] sem almejar mais nada, e nada a mais – incondicionalmente.
Creio nos milagres da Fé como reflexo, ou imagem matrializada da magnitude do Deus-Amor [Jó]. A começar pelo milagre de que a Fé em Deus ressuscita os mortos, ou seja, que os mortos no Amor passam a ter Deus, por Jesus Cristo, como o seu Caminho, Verdade e Vida [João 5,24; 14,6]; e, eu começo a “afundar” quando em dúvida sobre tal assertiva Bíblica [Mateus 14,28-31].
Porém, o principal é o milagre do Amor , e nisto se resume toda a (nossa) conduta humana, na Bíblia: no Amor, no Amor a Deus [Deuteronômio 6,4-6. I Coríntios 13,13. Apocalipse 22,13].
Na premissa de que Deus tudo vê [Provérbios 15,3. Jeremias 23,24], quer dizer, se cai uma folha eu, como sendo a SUA imagem e semelhança [Gênesis 1,26], e, sal da terra e luz do mundo [Mateus 5,13-14], vejo este fato com olhar do SEU AMOR - esta evidência se comprova em si mesma, e, por si só – a telecinesia deve interessar aos mágicos...
Finalmente, se tenho ou não saúde, se sou julgado sem que conheçam o meu íntimo e a realidade dos fatos [Mateus 7,1-2], enfim, se me submeto a qualquer espécie de dor-sofrimento, por mais leve ou mais grave que possa ser, eu dou Graças a Deus por entender e compreender que nada acontece sem motivo e razão divinas, que me fazem discernir sobre a prática, e, a concretude do Amor – e, seja o que Deus quiser [Tiago 4,15], e oração sempre [Romanos 12,12]! No entanto, isto não quer dizer que eu não trabalhe para evitar, não deixar evoluir, reduzir ou extinguir a dor-sofrimento de quem quer que seja, de preferência em obra [João 9,1-5] – “chave de ouro” que desmistifica e desmitifica a real pecepção de Deus.
Por derradeiro, meu amigo, certo de que não lhe digo nada de novo... deixo consignado o amor que tenho por você e sua família!
Bjs. no seu coração!
Paz e bem.
Rodolfo Thompson – 27/07/2013.
Ps. Hoje, 28/07/2013, às 10:55 h, o Lider Espiritual, Papa Fancisco, revela e traduz tudo o que deve ser: - “ide, e não tenhas receio de levar Cristo a todos”.
Esperar (que traz implícito desejar) Deus, ou seja, o Amor, é o milagre que se concretiza no instante do próprio íntimo desejo! Vou contar-lhe um “segredo”: - Deus me atende sempre, e sem nenhuma exceção, e me dá em dobro o que Lhe peço. Primeiro, no momento em que Lhe peço para amá-Lo já estou sendo atendido no conteúdo do próprio pedido amando-O; e, segundo, recebo a Graça Divina de poder entender e compreender que o Seu Amor é o maior tesouro de que disponho [Mateus 18,18-20] - para dar, doar e distibuir – com todas as minhas limitações...
Quando confundo a Fé com a fé para obter e ter qualquer “coisa”, certamente dou o confundido testemunho da falibilidade de Deus, o que, por si só, é um lamentável destrutivo ab absurdo... esse “segredo” pode ser divulgado...
Ps.2 Tenho recebido as suas comunicações, e sou-lhe (muitíssimo) grato – ore por nós todos!