VENTOS ANDARILHOS...
Que sopram nossos cabelos, nossas vidas, empurrando para longe a solidão das almas vencidas pelo cansaço da lida à espera do amor. Vai o vento de lado para o outro como se fosse formiguinha à procura de alimento. Formiguinha que atravessa em diagonal uma folha em branco caída no chão, por não saber a direção correta e se a vida é assim ou não. Mas, a página em branco ou cheia de letras, deixa-se levar pelo vento como pássaros e na leitura que cada ser faz, viaja como o vento nas histórias. E o vento em diagonal, nos levanta a saia, fazendo com que olhos nos assistam. Diagonal do vento?... Que história é essa? Nossa!!! Divaguei... No sonho o sapato furado que doem os pés, destroem a cama, varia o vento, andorinhas que balançam ao vento no fio elétrico, a formiguinha... Os sonhos!... Aí a gente acorda e sente o buraco no sapato, os calos nos pés, a cama sem colchão, o tempo que passou, o fim do cigarro. A realidade... A tristeza de um fim de linha...
Ai!...Era pra falar do vento!... Do trabalho da forminha, do que estava escrito na folha, da cama sem colchão, da variação do tempo e principalmente do amor que não veio...
Desilusão é o que é... O que é melhor: viver iludido e não ver a realidade ou desiludido convivendo com a verdade...
silute
21/7/2013
carapicuiba- sp