A UM AMIGO DESDE A JUVENTUDE
Na manhã de 04 de julho de 2013
Para J. G.
Desde o fundo deste avesso
em que estão mergulhados meus mundos
peço perdão a um amigo
que se sente
da amizade traído
da amizade abandonado.
Já não tenho qualquer voz
para dizer dos tempos tenros
nem dos tempos de agora
- destes, nenhuma voz, mesmo,
que a vida se queda sem rumos
e sem pernas que caminhem
como, bem ou mal,
caminharam em outros tempos
e mundos.
Perdoa-me, amigo.
Teu coração
tua vida
sempre me importam.
Sempre peço ao Pai por ambos
teu coração, tua vida,
mas, em mim faltam
palavras, silêncio, alegria
até asas metafóricas faltam
e, de certos mundos em mim,
mundos fundos, ah, tão fundos
nada, nem a ti nem a ninguém
me cabe explicitar.
Perdoa-me.
Reza por mim.
Reza por minha mãe.
Que o Deus te proteja os passos
hoje e sempre
Amém.
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