08 - Ao prezado amigo (a)

08 - ARAÇATUBA, 02 DE ABRIL DE 2007

   

Prezado "Amigo" (a),

Nestes últimos três meses iniciais de dois mil e sete muitas coisas se passaram por aqui - inclusive algumas mudanças. Eu mesmo sou um mutante. Estou em constantes mudanças. E mudar, pelo que percebi, faz bem - mas mudanças lentas.

As coisas comigo mudam lentamente - mas lentamente mesmo - parece que sou meio 'empacado'. Não sou um ser humano adepto às mudanças, mas se faz necessário mudar (mas como estou repetindo as palavras hoje!). Na última carta fiz uma 'retrospectiva' de minha vida, contei até uma piada... é a vida. A vida é assim. Continuo a trabalhar no mesmo local - creio que se tudo der certo me aposento ali: bem pertinho de casa - vai demorar, mas pode acontecer. Quanto às crianças: estão bem, graças ao Criador! Louvado seja!

A vida lá fora corre, a minha aqui dentro está meio que 'parada no tempo'. Esquisito dizer isso, não é mesmo? Mas me sinto parado no tempo. Estou a procura, como dizem por aí, de um elo perdido. Onde ficou o meio elo? Onde?

Caro amigo (a), sei que você não é obrigado a ler estas linhas, como acho que você não leu a última que te mandei (porque você não respondeu) - já estava para desistir de te escrever, mas como um dia quero receber novamente sua carta, lembrei que devo continuar insistindo em escrever-te. Se um dia você resolver escrever ficarei imensamente feliz; por isso insisto em escrever.

E sabe que andando / navegando por este mundão da net a gente vê / lê cada coisa! Encontra amigos - faz amigos. E por falar em amigos, encontrei estes dias uma jovem senhora que estava sempre a ler os meus textos, a comentá-los. Tinha perdido-a, mas as coisas acontecem quando a gente menos espera: e espero que ela tenha gostado de encontrar-me novamente. (Inclusive, espero que ela volte a comentar os meus textos).

Os amigos a gente guarda "do lado direito do peito" - como diz a canção. Hoje estou sem assunto, mas vou comentar algumas coisinhas básicas. Em Março escrevi várias crônicas. Citei algo sobre as mulheres e sobre os homens. Adoro falar das mulheres! Elas - qualquer dia desses - se reunirão para me pegar... Coitadinho de mim! Se for várias, estou frito! Mas se for duas ou três, acho que dou conta - (tenho bons lábios...). Mais que isso, sei não. São tão amáveis, às vezes - ou na maioria das vezes, cruéis. Mas amo-as! Essas "Maria" (s), como dizia o poeta Vinícius de Moraes: "Eu te amo, Maria, te amo tanto / Que o meu peito me dói como em doença / E quanto mais me seja a dor intensa / Mais cresce na minha alma teu encanto." - no Soneto de Contrição, Rio de Janeiro, 1938.

Coloquei a minha vida mais ou menos em ordem, desordem também. É claro, caso contrário não tem gosto!

Falo sempre que não vou falar de mulheres nos meus textos, mas elas me atraem, me seduzem. Queria ter paixões na vida para queimar tudo isso que sinto por elas. Talvez seja isso o meu 'elo' perdido! Será? (Dizem que 'Será' é um samba!) Mas imagine, caro amigo (a), eu não escrever, nem se for uma linha, sobre as mulheres? Se eu não escrever um pouquinho sobre elas o texto não será meu!

Meu caro amigo (a), vou parando logo ali, mas espero que me respondas - escrevi porque este dia passei no ócio - e, como já citei, não quero te perder, mesmo sabendo que dificilmente tu me responderás. Às vezes, se esta carta for desviada, podes tu (meu novo destinatário sem querer) me responder. O importante é querer responder. Querer fazer essa troca constante de conversas fiadas.

Seu amigo Pece - que espera uma breve resposta - nem se for de um alienígena.

PCA, Pece.

Prof Pece
Enviado por Prof Pece em 02/04/2007
Código do texto: T435428