A mulher e suas frescuras.
Dos treze aos dezoito eu era gordinha.odiava esse fato,acho que por isso sempre me senti mais à vontade com os meninos,que me viam como um amigo,e eu me conformei com o posto de intermediária entre eles e as garotas(que viam em mim um modo de chegar neles).Minha autoestima era boa,pois meu rosto sempre foi minha arma além de minhas pernas e isso compensava o fato de o meio de meu corpo ser um desastre.
Muito sociável,pois me aceitei do jeito que eu era,embora fizessem brincadeiras que me magoavam,eu sabia reverter a situação e quando eu queria vê-los sofrer,minha arte da palavra era tão severa,que nem arriscavam-se a ficar em oposição comigo.Fora o fato que eu em inteligência e popularidade sempre fui a primeira(das vezes que em segunda,não me perdoava).
Fiz amizades que ainda mantenho,e fui feliz emocionalmente.Não continuei gordinha depois dos dezoito,aliás meu corpo me surpreendeu pois ficou gostosinho,mas a mim me aceitei de qualquer jeito.Aprendi muitas lições de tudo o que vivi.Quando somos novinhas,achamos que para conquistar algo temos que ser perfeitas,nem sempre é assim,pois hoje observo colegas daquela época que eram perfeitas e sofreram uma mutação,no meu caso eu melhorei,kkkk.
Qualquer mulher que é diferente em algum aspecto,vira alvo de julgamento.Mas se achar que tem que mudar para ser amada,é uma doença.
Eliane Beyer