Meu primeiro amor

Não sei o que escrever.

Apenas meus dedos me guiam como se eu fosse um cego, guiados pelo sentimento, que dita às regras e as palavras a datilografar.

Como se eu não soubesse as exatas palavras treinadas na frente do espelho pra te falar

Como se te olhar bastasse para perder-me entre os sentidos,

E entrar-me num dilúvio de imprecisão.

São teus olhos? Não sei! Sei que me cativas mesmo com eles escondidos,

Atrás de grandes e grossas lentes que necessitas usar

É tua boca? Talvez! Olhar-te e te deixar em paz é impossível. Apenas na minha paz,

Na paz que meus braços oferecem repentina e diariamente a ti.

Ou será o teu cheiro? Que me faz delirar e voltar ao tempo, desde o dia em que te conheci?

Num chamado de rede social, e fincado num banco de colégio,

Que ao te ver me fazia tremer até os dentes?

Não sei! Há coisas na vida que são mistérios.

Digo então que é amor. Mas, porque amor?

Novamente não sei. Apenas sinto! Explicar é burrice.

A filosofia tenta explicar tudo! Mas... Explique-me o amor?!

Pergunto-me, será que mereço tanto doce? Não fui mal criado um dia?

Sou tão criança, e bem mais criança ao necessitar de teus cuidados.

Levado? Nenhum pouco, pois me faz ser tão dócil com teu olhar

Que necessitaria de você perto de mim para dormir bem todas as noites.

03 de Março de 2013.

Izidio Cunha
Enviado por Izidio Cunha em 15/05/2013
Reeditado em 24/05/2013
Código do texto: T4291840
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