Ás vezes o desespero.
Ás vezes eu sinto raiva,
raiva pelo modo como você tem me tratado,
sei que tem pensado mais em você, buscando se proteger de qualquer dor,
não se importando no quanto de dor tens me causado,
e isso me faz ver em você alguém que não reconheço,
me fazendo questionar para onde terá ido toda sua sensibilidade?
Entendo que se salvaguardar seja importante, mas à que preço?
Ás vezes eu sinto tristeza,
tristeza daquela que toma todo o meu ser,
que me faz querer dormir eternamente para não mais pensar ou sentir,
não me importando com as responsabilidades que me rodeiam,
só queria fugir de tudo isso que me consome e magoa,
porque não consigo simplesmente te esquecer?
Porque você é ainda tão presente mesmo nessa ausência silenciosa?
Ás vezes eu sinto desespero,
desespero daqueles que me fazem ter vontade de me embebedar,
como um colegial sem forças para enfrentar o primeiro amor,
perambulo dentro de minha alma controversa, tateando algum sentido,
mas tudo que encontro são sons, cores e cheiros estranhos,
o que fazer quando nada é mais o que era antes?
O que fazer quando nada mais me motiva à seguir em frente?
Mas você seguiu e segue me deletando de seu cotidiano...