VOLTEI
(Informe devido aos colegas que gentilmente, vez por outra me visitaram, querendo saber o porquê da ausência.)
Fábio Brandão, Giustina, Conceição Gomes, Paulo Moreno e Maria, minha irmãzinha, Mineira.
Foi assim...
Aquela dorzinha chata, intermitente, teimosa e que cedia com qualquer analgésico, foi num crescendo até se transformar num lobisomem que não me deixava fazer mais nada.
Nem dormir direito eu podia porque o braço estava praticamente inutilizado...
O ditado popular é muito claro quando preconiza:
“DE MÉDICO, MÚSICO, POETA E LOUCO,
TODOS NÓS TEMOS UM POUCO.”
E, com base numa bursite ocorrida nos anos oitenta (do século passado) eu me receitei uma série injetável do anti inflamatório + analgésico conhecido de longas datas.
Fui à farmácia e com toda autoridade de conhecedor, pedi que fossem feitas as aplicações daquele troço que mais parece chumbo derretido misturado com ácido sulfúrico quando está sendo injetada.
Aplicação altamente constrangedora, na bunda...
Terminada a série, sem o efeito esperado, tive que ir ao ortopedista.
A anamnese, com a descrição detalhada dos sinais e sintomas, mais os movimentos, altamente dolorosos (é bom que se diga), fizeram com que o médico pedisse uma tomografia computadorizada para confirmar o diagnóstico:
Lesão do manguito rotador do membro superior direito. CID 475.1 (em bom pernambuquês) largou-se o aprêgo do braço.
O procedimento cirúrgico me deixou com três parafusos de titânio para reconstituição do ligamento tendão/úmero e secção de uma das “pernas” do bíceps.
Seis semanas de imobilização por tipoia (daquelas com velcro) que mantêm o braço flexionado e atado ao tronco.
Depois das dez seções de fisioterapia, acredito que poderei voltar a escrever, que é uma das coisas que mais gosto de fazer, mas que tive que parar porque a dor era de lascar.
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Ainda bem que os medicamentos prescritos pelo médico foram todos via oral...