Como todos os dias
Bom dia Amigo,
Como vamos por ai? Aqui a cada dia vejo a Educação Fiscal mais distante. A nossa equipe tem tentado, tem lutado bastante, mas acho que estou cansado de ser idealista.
A saber nós olhamos a ESAF como se fosse a lua ou Marte, sempre queremos imaginar que de algum lugar vira uma solução. Na verdade essa solução vem de nós. Isto é, até certo ponto. Como não há resposta do Brasil, que a gente vive aqui em Macapá. É provável, que na primeira oportunidade eu deixe para trás toda essa luta.
Educação fiscal tem um cerne bastante profundo, bem ideológico, mas a nossa sociedade, nossos filhos, nossos amigos e os filhos do povo já chegaram a exaustão. Em mais de dez anos de Educação Fiscal... Em mais de dez anos de Educação a gente tem vislumbrado pessoas que passam pelos governos, por Instituições e ainda assim assinam as ações de forma individual.
É lastimável ficar impotente, com a angustia entre os dentes esperando que a esperança acenda o fogo outra vez. Sinto-me muito feliz de fazer parte dos sonhadores que querem mudar o mundo, entretanto a retórica da realidade nos marginaliza. Fazendo me sentir não numa Democracia, mas numa Ditadura disfarçada de Liberdade, onde todos os dias nas portas das escolas, nos corredores dos hospitais, nas esquinas e cruzamentos das ruas, ouvindo música ou em casa assistindo as programações de tv a gente saber que o povo morre de fome.
Num país, onde a graça de Deus é a abundância os demônios apossam-se de nós para fomentar um holocausto, em detrimento de estar no poder, de se fazer, anonimando no peito o orgulho de ser brasileiro.
Hoje me pergunto se valeu a pena àqueles que morreram na época da Ditadura declarada. Me pergunto o que valeu a pena?...
Se viver nessa vida é um paraíso, acredito que há alguma coisa muito errada, pois diante de tantos descalabros dos nossos gestores, de tanta omissão da justiça, depois de tanta corrupção já nos acostumamos a ficar de mãos amarradas.
Por hoje meu amigo, vale dizer que me sinto feliz de ter conseguido a sua amizade, mas vale as vezes desabafar diante de tanta mediocridade. "O homem explorador do homem", quando deveríamos usar de fraternidade.