SARAU CULTURAL DO INSTITUTO JULIO PRESTES
ATENÇÃO, TODOS E TODAS!, além do calendário de atividades abaixo, não deixem de ler os textos enviados pela Delia ao final desta msg):
DIA 31/03/07 - sábado - 20 horas
SARAU CULTURAL DO INSTITUTO JULIO PRESTES
(na casa do casal Alcideney/Mara)
Estão inscritos (até agora) para se apresentar:
- Jovir: poesia
- Vera Cyrineu: palestra tema 'a mudança de paradigma na ciência'
- Priscila: poesia
- Thales: leitura de sua redação premiada titulo 'A nossa pobreza'
- Walter: poesia
- Cesário e Marquinho: violão e canto
- Délia: palestra tema 'Freud como escritor'
- Julia: violão
- Angelo: vai apresentar 'uma coisa' (à lá Marquinho...rs)
Informações importantes: 1) como sempre, cada apresentação deve ter no máximo dez minutos; 2) cada um deve levar o que quer comer e beber; 3) quem achar que deve, pode levar convidados, mesmo não sendo do Instituto.
DIA 07/04/2007 - sábado - 14h30
na casa da Vera Cyrineu, à rua Campos Salles, 49)
(não haverá a reunião habitual e sim a exibição do filme 'cult'
'QUEM SOMOS NÓS - UMA NOVA EVOLUÇÃO'
DIA 14/04/07 - sábado - 14h30
reunião normal na casa do Helio Rubens
DIA 15/04/07 - domingo
viagem a SP para ver a exposição 'Corpo Humano' e sessão do planetário
(dados ainda a serem fornecidos pelo Aldo da Beta Turismo)
Abraços,
Helio Rubens de Arruda e Miranda
Subject: Maiakovisky - Niemöller - Brecht - Claudio Humberto
Hélio, olá, bom dia. Gostaria de saber como foi a reunião ontem. Repasso isto que recebi de uma amiga:
"Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .
No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar..."
Martin Niemöller, 1933 ,
símbolo da resistência aos nazistas.
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Parodiando o pastor protestante Martin Niemöller,
símbolo da resistência nazista:
"Primeiro eles roubaram nos sinais, mas não fui eu a vítima,
Depois incendiaram os ônibus, mas eu não estava neles;
Depois fecharam ruas, onde não moro;
Fecharam então o portão da favela, que não habito;
Em seguida arrastaram até a morte uma criança,
que não era meu filho..."
Claudio Humberto, 09 FEV 2007
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Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
É PRECISO AGIR
Bertold Brecht (1898-1956)
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Mas o primeiro deles, foi Maiakovisky - poeta
russo "suicidado" após a revolução de Lenin - que escreveu ainda no início do século XX :
Um passeio com Maiakovisky
Na primeira noite
eles se aproximam
e colhem uma flor
de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
já não se escondem :
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz
da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
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Tudo que os outros disseram foi depois de ler Maiakovisky.
Incrível é que após mais de cem anos dessa lição, ainda nos
encontremos tão desamparados, inermes, e submetidos aos
caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que
vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos
cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio : porque a
palavra, há muito se tornou inútil.