O Recomeço - dia 08
Nada do que é humano deveria me espantar , estarrecer , ser estranho. E não causar a mim mais nenhum estranhamento. Contudo incomoda. E muito.
Suas atitudes, por exemplo.
Seria tão fácil e simples para você me tornar alegre, me satisfazer, atender aos meus anseios e esperanças, ou pelo menos amenizar minha dor e meu sofrimento.
Muito mais fácil do que poderia se imaginar.
Contudo há uma necessidade sua em fazer tudo justamente ao contrário.
Tenho consciência de que só faço a você o bem, mas só tenho recebido de você a falta do bem.
E o que me espanta, estarrece e estranha não é esse comportamento seu, mas o motivo , ou motivos por trás dele.
Tudo é uma relação de causa e efeito.
Chega um ponto em que se questiona tudo a exaustão , e depois só o que resta, a única alternativa, é se desistir, pois vem e sobrevém o cansaço , cansa-se o corpo, o espírito, a alma, enfim os sentimentos. Desanima-se . Perde-se a alma.
Chega um ponto em que se questiona tudo a exaustão , e depois só o que resta, a única alternativa, é se desistir, pois vem e sobrevém o cansaço , cansa-se o corpo, o espírito, a alma, enfim os sentimentos. Desanima-se . Perde-se a alma.
A alma é anima, ânimo. Contrariamente (des)anima. Desanima-se. Perde-se , assim, o tesão, o interesse.
Não, não vou perder a minha alma por sua causa.
Tenho coisas mais importantes para fazer.
Quero e desejo ainda viver muito.
É tudo uma questão de se alterar o foco.
Posso criar outros objetivos, quereres e desejos , ou simplesmente investir naqueles que já fazem parte efetiva de mim e não são meramente uma perspectiva, uma probabilidade, e sim uma certeza limpidamente certa.
Você nunca poderá argumentar que eu não tentei.
Tentei, quase ao extremo, ao infinito.
Ocorreram algumas intervenções negativas do destino, sim.
Mas muitos obstáculos, diria eu a maioria deles, foram por você formulados e implementados e até agradeceu, intimamente, pelas interferências danosas de incontroláveis ações que não dependiam de nós.
Sim, eu tentei, em muitas e muitas ocasiões.
Um dia, em algum dia, nalgum dia, tardiamente, você se dará conta disto.
E prestará contas disso tudo, não comigo, - pois espero não tomar mais nenhum conhecimento de nada relacionado a você - , e sim com você mesma.
Mas muitos obstáculos, diria eu a maioria deles, foram por você formulados e implementados e até agradeceu, intimamente, pelas interferências danosas de incontroláveis ações que não dependiam de nós.
Sim, eu tentei, em muitas e muitas ocasiões.
Um dia, em algum dia, nalgum dia, tardiamente, você se dará conta disto.
E prestará contas disso tudo, não comigo, - pois espero não tomar mais nenhum conhecimento de nada relacionado a você - , e sim com você mesma.