O Recomeço - dia 03
"Não crie grandes expectativas para não sofrer grandes decepções".
Tal orientação foi passada a mim, gratuitamente.
Nunca criei expectativas demasiadas, mas tão somente esperei respeito e atenção justos.
Não tenho sentido isto, ultimamente: este respeito e esta atenção justos.
Muito pelo contrário, o que tenho recebido é a mais injusta das desatenções, desconsiderações, desrespeitos, desfeitas e todo o tipo de negação.
Nunca esperei isto nessa dimensão, contudo por outro lado não me causa espanto maior partindo de quem parte.
Da parte de quem em nome de manter uma conduta ilibada, até certo ponto tímida e envergonhada, na realidade exerce uma outra classe de comportamento, a de uma pessoa vil, mesquinha, má e ingrata.
A de uma pessoa que acena com uma prenda para logo em seguida negar , descaradamente, essa mesma prenda.
O manuseio daquele dispositivo móvel, aqueles barulhos, aquela conversa vazia e curta e evasiva, aquela desculpa sem nenhum embasamento de verdade a encurtar uma conversa tão esperada e desejada por mim, álibis sem nenhum respaldo, tenho uma habilidade altamente desenvolvida para identificá-los em suas mínimas nuances...
Ela deve pensar, com sorriso largo e indisfarçável júbilo que me engana, o bobo, o tolo, o idiota, o abestado, o paspalho, e outros adjetivos pejorativos que habitam e enaltecem o seu pensar e sua personalidade esperta.
Não procurei este recomeço, fui, a bem da verdade , capturado por ele , e segui o jogo, o jogo mais perigoso, tal como no pôquer , com blefes e artimanhas , mãos boas e outras nem tanto, e proporcionei a ela mais uma outra chance, dentre as muitas outras do passado, mas há algo de muito complexo em sua personalidade, em seus valores, no juízo que faz das demais pessoas, no prazer que sente em brincar com os sentimentos alheios.
Lamento, mas é o que a análise que resulta de tudo isto demonstra.
Bem, mas se trata de um recomeço, de um difícil recomeço, tão difícil quando foi o término, pelo menos para a minha pessoa.
E darei a mesma oportunidade a este recomeço que dei ao término, por questão de lógica e de justiça, não que esteja eu alimentando falsas esperanças ou criando altas expectativas, pois estou preparado, - pelo menos penso assim -, e exercito-me assim, para uma homérica decepção, de dimensão tal que resultará em um afastamento final e definitivo, sem possibilidade de mínimo retorno, que tudo apagará, que tudo varrerá, tal como um tsunami, um furação, passando por sobre tudo, a tudo levando, deixando apenas um rastro de destruição, não restando nenhum indicativo, nenhum sinal, do que existiu, minimamente, em um passado recente ou longínquo.
Pois em um dia, ora muitíssimo distante, ouvi, de igual modo gratuito , também, que "Ingratidão mata afeição".
Nunca criei expectativas demasiadas, mas tão somente esperei respeito e atenção justos.
Não tenho sentido isto, ultimamente: este respeito e esta atenção justos.
Muito pelo contrário, o que tenho recebido é a mais injusta das desatenções, desconsiderações, desrespeitos, desfeitas e todo o tipo de negação.
Nunca esperei isto nessa dimensão, contudo por outro lado não me causa espanto maior partindo de quem parte.
Da parte de quem em nome de manter uma conduta ilibada, até certo ponto tímida e envergonhada, na realidade exerce uma outra classe de comportamento, a de uma pessoa vil, mesquinha, má e ingrata.
A de uma pessoa que acena com uma prenda para logo em seguida negar , descaradamente, essa mesma prenda.
O manuseio daquele dispositivo móvel, aqueles barulhos, aquela conversa vazia e curta e evasiva, aquela desculpa sem nenhum embasamento de verdade a encurtar uma conversa tão esperada e desejada por mim, álibis sem nenhum respaldo, tenho uma habilidade altamente desenvolvida para identificá-los em suas mínimas nuances...
Ela deve pensar, com sorriso largo e indisfarçável júbilo que me engana, o bobo, o tolo, o idiota, o abestado, o paspalho, e outros adjetivos pejorativos que habitam e enaltecem o seu pensar e sua personalidade esperta.
Não procurei este recomeço, fui, a bem da verdade , capturado por ele , e segui o jogo, o jogo mais perigoso, tal como no pôquer , com blefes e artimanhas , mãos boas e outras nem tanto, e proporcionei a ela mais uma outra chance, dentre as muitas outras do passado, mas há algo de muito complexo em sua personalidade, em seus valores, no juízo que faz das demais pessoas, no prazer que sente em brincar com os sentimentos alheios.
Lamento, mas é o que a análise que resulta de tudo isto demonstra.
Bem, mas se trata de um recomeço, de um difícil recomeço, tão difícil quando foi o término, pelo menos para a minha pessoa.
E darei a mesma oportunidade a este recomeço que dei ao término, por questão de lógica e de justiça, não que esteja eu alimentando falsas esperanças ou criando altas expectativas, pois estou preparado, - pelo menos penso assim -, e exercito-me assim, para uma homérica decepção, de dimensão tal que resultará em um afastamento final e definitivo, sem possibilidade de mínimo retorno, que tudo apagará, que tudo varrerá, tal como um tsunami, um furação, passando por sobre tudo, a tudo levando, deixando apenas um rastro de destruição, não restando nenhum indicativo, nenhum sinal, do que existiu, minimamente, em um passado recente ou longínquo.
Pois em um dia, ora muitíssimo distante, ouvi, de igual modo gratuito , também, que "Ingratidão mata afeição".