AQUELA MANHÃ DE SETEMBRO
Eu pisquei meus olhos e aspirei profundamente o cheiro da chuva lá fora...o ventinho frio me trouxe logo cedo o perfume da terra molhada, tão gostoso despertar assim.
Não pensei duas vezes...meu corpo pediu...e eu aceitei...voltei para cama.
O telefone tocou e o som parecia tão distante...ainda assim escutei pronunciarem meu nome...mas o sono foi maior que a curiosidade, virei para o lado, puxei o cobertor, estava frio.
A sua imagem veio em meus pensamentos como um raio , sempre como um sonho bom. Eu senti...era você.
Eu estava feliz...logo estaríamos juntos novamente...como em tantos outros momentos.
Mas a chuva intensa daquela manhã de setembro...queria me dizer mais...
Eu não pressenti, sequer temi.
A chuva traiçoeira...te levaria de mim... para sempre.
Drica Barreto