A HORA MAIS TRISTE DO AMOR É QUANDO NÃO TEMOS FORÇA PARA MANTÊ-LO

Inesquecível Amor!

Hoje, após tantos anos, preciso dizer que nem o tempo nem a distância fez com que eu te esquecesse.

Sei que nossas vidas tomaram caminhos diferentes e nos separamos! Porém, nunca te esqueci. Mesmo tendo deixado você partir pensando que eu não o amava. Foi puro orgulho ferido. Hoje, sei o quanto errei em ter deixado você ir sem saber do meu amor por você.

Lembro de todos os momentos que passei ao seu lado, guardo até hoje suas cartas que no decorrer desses anos tem sido uma espécie de consolo, ao lê-las, tento minimizar a saudade que ainda sinto de você.

Sei, que a vida tem seguir e eu juro que tenho feito o impossível para ser feliz. Já tive outros amores, já me apaixonei várias e várias vezes, mas o que fazer se mesmo nos braços de outro, mesmo vivendo momentos felizes suas lembranças me rondam sem cessar. Já procurei te esquecer de todas as maneiras, mas não consegui. Quando penso: “agora passou”, lá vem você de novo ocupar um lugar que há muito tempo deixou de ser seu.

Hoje ao recordar toda nossa história, lembro que em uma das cartas que você me escreveu tem a seguinte frase: “a hora mais triste do amor é quando não temos força para mantê-lo” . Reconheço que a minha timidez, a minha insegurança, contribuiu para que você me abandonasse. Reconheço que errei quando não tive coragem nem maturidade para uma conversa franca, reconheço que não tive coragem de dizer a você o quanto eu te amava, o quanto você era importante para mim! Fui covarde por que não tive força para falar e preferi fugir de perto de você , procurar abrigo em braços que não eram os seus, procurar um novo caminho para minha vida, longe da tua presença pois não tive forças para ficar tão perto e ao mesmo tempo tão longe do amor da minha vida que era você.

Não sei se um dia você saberá de tudo isso, mas desejo muito que antes de partir para a eternidade Deus me conceda um momento com você para que eu não leve comigo o amargo dessa dor, dessa saudade que até hoje depois de tantos anos, é parte integrante da minha alma. Não guardo tristeza, não guardo mágoa, por que você é uma doce e linda lembrança que tenho dos dias mais felizes que vivi.

Tenho um desejo enorme de rever você, lógico que não tenho esperança de reatar com você, pois, tenho consciência da responsabilidade que cada um de nós assumiu ao longo da vida, e, seria até egoísmo querer que tudo fosse como antes. Apesar disso me pego imaginando como você está agora, como é sua vida, sua rotina, se é feliz e se pelo menos lembra que eu existo, ou existi um dia em sua vida.

Tenho plena consciência que todas essas indagações só servem para que eu pense ainda mais nesse amor que perdi, mas tem sido assim, é inevitável não pensar em você.

Quero que saiba que nunca esqueci de nenhum detalhe seu e das pequenas coisas que vivemos. O teu olhar no meu olhar sob a luz do luar, na penumbra da noite na velha sala de estar da casa dos meus pais, o beijo sob a chuva, da tua camisa que ficou comigo quando você foi embora tarde da noite e eu a guardei como se fosse um pedacinho de você e só te devolvi no dia seguinte. Então, são tantas coisas que guardo, que não consigo apagar da memória que somente nesta carta não poderei descrevê-las.

Se um dia você encontrar esta carta saiba que para mim “a hora mais triste do amor é quando não temos força para esquecê-lo mesmo quando é preciso".

Maria Gerlândia
Enviado por Maria Gerlândia em 04/04/2013
Reeditado em 04/04/2013
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