A mesma história
Talvez eu tenha me tornado um cara chato, cansativo, repetitivo. E nem precisaria algumas pessoas me dizerem isso, embora grande parte não teria coragem suficiente para tal. Sei que há quem me critique, há quem me condene, há quem nem me queira por perto; justamente para evitar a mesma história que há tempos me acompanha. Em contrapartida têm aqueles que me entendem, que me ouvem, que estão por perto quando preciso. E é com esses que verdadeiramente me importo. Porque sei que se preciso for me apontarão meus erros, indicarão as minhas falhas e mostrarão algum caminho que eu já tenha descoberto, mas sem saber exatamente como adentrar. Mesmo que momentaneamente, talvez até me ajudarão a colocar mais uma das inúmeras vírgulas que tem essa história. São essas pessoas que eu sei poder chamar de amigas, sabendo que, às vezes, nem é preciso que eu ligue ou mande um simples SMS. Afinal, por vezes a sintonia é tão boa, que se torna desnecessário. E, sem perceber, o telefone vibra com a chegada de uma mensagem ou até mesmo uma inesperada ligação; em outras, é o som da campainha que se faz presente. E é nessas horas que reconhecemos os amigos que precisamos. Aquele ser que, mesmo sabendo que você pode estar errado, continua do seu lado. Aquele ser que, quando todo o restante já foi embora, continua te acompanhando. E continua mesmo em silêncio. Já que essas amizades não se mensuram pela presença. Mas sim pela ausência. Quando dois corações tão perfeitamente interligados, sabem exatamente qual é o momento da procura, da permanência e mesmo da presença.