De corpo, alma e coração
Tudo começou com um sorriso; um dos mais lindos que já vi. Um sorriso que me despertou para o amor, para o que é o verbo amar. Embora todos nós saibamos que por mais que tente, ninguém vai um dia conseguir explicar esse sentimento, visto as inúmeras formas de senti-lo. Hoje o que trago comigo são as lembranças daquele momento; o primeiro de muitos que o seguiram; mas que acabaram e talvez não se repitam tão cedo; não com você. Antes, me importaria com tal fato. Agora, não mais. Mesmo que por pouco tempo, sei que fui o motivo de cada um daqueles sorrisos que me iluminava o dia, me acalmava a alma, me trazia calma. Deixava-me tranquilo; como uma motivação extra para seguir em busca de meus sonhos e planos; os mesmos que um dia te incluí e, sem querer, também sem saber como, tive de reformular. Hoje os sonhos são outros, os planos também. Mas como já não me canso de dizer, o sentimento continua o mesmo. Tudo bem que já deveria ter morrido. Tudo bem que eu deveria ter feito contigo o mesmo que há tão pouco tempo fez comigo. Mas quem é que, amando como amo, consegue excluir alguém de sua vida? De seus sonhos? A certeza que fica; ao menos a certeza a qual quero me apegar com toda a convicção que me é permitida, é que chegará o dia em que eu conseguirei te tirar desse pedestal em que o coloquei. O arrancar de meus sonhos, te excluir de minha vida e, assim, me libertar. E poder fazer por outra pessoa, o que você não aceitou. Por medo, imaturidade; já não importa. O que me importa de todo o meu coração é a incrível capacidade que tenho para amar. Que tenho de me doar. E eu sei que um dia, independente de quando aconteça, vai surgir alguém a quem poderei dar todo esse sentimento. E dessa vez, mesmo que pela única vez, vê-lo retribuído à altura, na mesma intensidade; na mesma emoção. De corpo, alma e, principalmente, coração.