Dupla Negação

Sempre escrevo sobre um estado de espirito, um sentimento, meus ou apropriados, mas neste momento só tenho a ausência como tema.

Antes de um texto, trata-se de uma conversa entre eu e mim. Uma tentativa vã de arrancar-me a roupagem, virar-me ao avesso e, quiça, enxergar quem habita meu interior.

Coerência e coesão talvez sejam conceitos em falta neste texto. Desconfio que esses nunca me foram grandes companheiros de caminhada...

Não sinto nada!

Naquele período de calmaria que antecede a tempestade.

Uma panela de pressão com a válvula entupida. Em ebulição. Sem aliviar a pressão interna, resta apenas a explosão.

Eu deveria estar tantos sentimentos... Quantas são as possibilidade? Estou oca.

Num estado de latência passo pela vida e pela morte, sem medo nem de uma nem da outra, sem medo de um futuro transposto.

Aguardando pela explosão, na verdade de uma dupla negação.

Não sinto nada!

kerexu
Enviado por kerexu em 31/03/2013
Reeditado em 31/03/2013
Código do texto: T4216025
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