Até que ponto?

A pergunta que muitos já me fizeram, mas que quem realmente deveria, nunca me fez: "valeu a pena?". Hoje, mais maduro do que algum tempo atrás, respondo que sim. Embora, manter-me preso dessa maneira, já não valha mais. Porque, apesar de fazer parte de minha história, nos "capítulos" que eu adoraria esquecer - mesmo sabendo não ser possível - já não faz parte da minha vida. Não que tenha sido uma escolha minha. Dificilmente opto por excluir alguém de meu círculo de relacionamentos. A pessoa teria de me fazer muito mal, o que não foi o caso. E, se ainda recordo tanto, escrevo tanto, é porque me fez bem; me fez mais vivo. Fez de mim alguém mais seguro e mais certo de seus próprios sentimentos. E quanto a isso eu agradeço, mesmo sabendo que poderia ter sido qualquer outra pessoa. Pra mim o que não mata, ensina; fortalece. E sinto-me forte. Embora despreparado a me doar de tal forma novamente. Aprender a amar é fácil. Reaprender, com outra pessoa, tão distinta em relação às demais, que é o mais difícil.