Bipolaridades amorosas

Cara pessoa amada cujo nome não vou citar aqui,

Já que hoje não pude te privilegiar com a minha ilustre presença escrevo-lhe uma carta para que tenha um pouco de mim neste fim de semana. (Para ser sincero, estou mais é buscando um motivo para te enviar uma carta, porque me deu vontade de te escrever).

O motivo na verdade é o amor.

Bom, o amor é algo que o ser humano nunca pôde entender completamente e muito menos ainda quando ele se apaixona. Sabe, os sentimentos ficam à flor da pele, o homem perde a noção das coisas e de tudo só por perder seus pensamentos em uma única pessoa.

E isso, para mim, é o que torna a paixão, uma das coisas mais ridículas já inventadas pelo ser humano (se é que ela foi inventada).

E também, uma das mais bonitas.

Se entregar completamente a uma única pessoa, dar-lhe amor, carinho, atenção. Vê-la como o ar que se respira e como o sol que ilumina o dia. Como a árvore que cresce em meio ao deserto e como o pássaro que voa livre pelo céu.

O amor é lindo. Como é.

A única coisa que há de ruim no amor é o medo. Medo de não ser correspondido e de não viver uma história feliz com o outro. É isso é o que me impede de enviar essa carta. E é isso que talvez nos impeça de ficarmos juntos.

Por eu não ter a coragem de entregar-lhe essa carta, ou de olhar nos seus olhos e te chamar para sair ou de, simplesmente, em uma atitude desesperada, beijar-lhe os doces lábios subitamente e me entregar de corpo e alma.

Fernando Lancaster
Enviado por Fernando Lancaster em 29/03/2013
Reeditado em 31/03/2013
Código do texto: T4213024
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