Amor contido, Amor comigo, Amor invejado!

Se eu fosse mesmo observar o que todo mundo comenta de mim, não sei, acho que não viveria mais entre os mortais, com medo de suas línguas!

Tampouco devo a todos, devo apenas um sorriso, vivia pensando as vezes no que os outros estão pensando, já não penso mais, nem busco mais saber...

A fase em que sua opinião era importante, deixou de ser, é como se não contasse mais, é como se tivesse tão enjoado de ver a cara de quem quer que seja, não sei, talvez a calma do céu tenha me contagiado, ou vai ver seja o fato de saber que em todo oceano tem água , se é que me entende...

Não busco mais agradar, por obrigação ou conveniência, também não busco desagradar para aborrecer como quando era mais jovem, agora é como se só me importasse o bem-estar de, enquanto viver, não ligar mais pra nada do que pensem de mim, me acostumei a viver assim quando me convenci , em rápida conversa, de que eu poderia não ser o melhor do mundo, mas só por estar vivo já teria um motivo para ser invejado ou comentado, imagine só se eu fosse bom em alguma coisa? Não é modéstia, com todo respeito afinal, ela vive no mínimo do mínimo, é que eu parei de ligar, é uma lógica muito simples quando você está em pessoas do mesmo gênero, classe ou família, diz-se o mal de você por incompetência de competir, isto mesmo, faz-se o demônio de um anjo ou qualquer coisa deste tipo.

O converso na verdade, é que não existe imutável, eu sei, mas as pessoas nunca querem acreditar que haverá um mudança sua, por que querem alguma coisa pra falar no dia seguinte, afinal, vão falar do que? Da vida movimentada que costumam ter? Qual? A minha? Tenho muito receio de como deva ser a vida das pessoas que buscam a do outro para comentar, e muitas das vezes, assim como a minha, é tão parada que chego a ter pena da dos outros que comentam, pena mesmo.

E dentro deste contexto, hão de aparecer verdades absolutas, ou meias-verdades sobre alguém ou fatos sobre a vida, para que se possa confirmar meias-mentiras de uma mente perturbada por sua insignificância em estar vivo, eu nunca ouvi alguém dizer que está procurando algo de bom pra fazer - sim, eu digo - não tenho o que esconder que o marasmo também me persegue, como Cazuza, prefiro sempre toddy ao tédio e não me renda ao não fazer nada.

O problema é que a chatice , sim, a chatice e chateação são obras satânicas, nunca vi algo que incomode tanto como o tédio, não incomoda mais a mim que aos outros, fato comprovado acima, me recuso porém a ver os outros ao invés de participar da vida!!

E sinceramente, se eu fosse você, buscava o que fazer, vai foder, vai amar, vai beber, vai ler, são tantos verbos pra dizer, que só consigo imaginar a minha vida, e os que já pus em prática, invejável não?

Clóvis Correia de Albuquerque Neto
Enviado por Clóvis Correia de Albuquerque Neto em 20/03/2013
Código do texto: T4198081
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