Carta silenciada

Olá meu bom Amigo do Silêncio,

venho por meio desta desacreditar-lhe do que outrora pudesse ter dito. Há de convir que somos livres. Ainda que se passem os dias sem que me esqueça dessa memorável máxima das linhas, não há que se lamentar das histórias que para frente surgem. Das pessoas que menos se espera compaixão, ei-la por inteiro.

Quiçá, acreditar nas ilusões das cartas seja o castigo a mim imposto. Mas, veja só, cá estou, e livre.

Sem mais demandas que pudessem tomar seu precioso tempo, eu logo digo o que tanto escrevo para dizer: Os sonhos estão prestes a se tornarem reais, em cores e em vidas, simplesmente.

Não entendes? Pense melhor e verás: a poesia que eu dormia ouvindo tomou vida própria. Sinto-me livre e amparada. Não haverá contragosto que me oprima! Ai que sabor tem a vida quando dela se pode cantar!

Meu caro Amigo do Silêncio, tu que és assim tão incorpóreo, mal pode saber o que a vida tem-me a esperar...

Luciana Pontes
Enviado por Luciana Pontes em 19/03/2013
Código do texto: T4196818
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