Um inocente talvez...(Conflito do Hedonismo x anti-hedonismo)

Todos os dias de minha vida eu vejo um além mais do que preciso, um além mais do que me dão, mais do que me dou, porém nunca mais do que posso ter.

Nas entrelinhas desta carta, foram deixadas muitas mensagens, mas só verá, aquele que quiser ver – algumas clichês, como o fato de que ninguém pode voltar no tempo pra mudar o que passou, as vezes o melhor é aceitar.

Talvez todos os pecados do mundo estejam pagos apenas num ato, ou ao menos todos os meus, fico nesta expectativa quando me lembro dos últimos acontecimentos sofridos, em dados momentos, penso que alguém desejou-me um mal tão absurdo, que acabou acontecendo.

Tudo que quero na vida é que as pessoas esqueçam por um tempo quem elas tem sido, quando o assunto é perversidade, maldade, manipulação e mentiras, e criem um mundo particular para si, de loucos, porém todos felizes, ou que apenas deixem os loucos serem felizes, pois a profissão de todos nós, loucos, é essa!

Deixo as neuroses, e os pensamentos fixos, para aqueles que adoram cultivar a infelicidade dentro de si,afinal, o que mais prazeroso senão a discórdia entre homens? Este é o dilema do Anti-hedonista, conforme dizem, se justificam ao final: não há prazer em sentir prazer, há apenas prazer em ver padecer.

Pra mim, é uma visão sádica apenas de quem não tem o que fazer, pois nós, loucos, temos o fato de que somos felizes apesar de haver este outro lado da felicidade, o de fazer a todos sofrer, pra mim, o inocente, há prazer em perdoar, há prazer em tolerar, há prazer em achar bonito, em elogiar, em amar, em se apaixonar (ahh com certeza), há prazer em viver com uma vida repleta destas pequenas coisas, eu cultivo isso, eu sou isso, e vocês o que são?

Clóvis Correia de Albuquerque Neto
Enviado por Clóvis Correia de Albuquerque Neto em 05/03/2013
Código do texto: T4171979
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