Carta - poesia ao Meu Pai ( in memoriam )
Durval Cristiniano de Medeiros
(...) histórias de vida e morte,
marcando a vida e a triste sorte;
interrogações, indefinições,
amor e ódio, marcando
emoções, razões, situações;
dia após dia, confusões ou
confissões deturpadas do
que não sei entender;
talvez a culpada seja eu
por nascer, fui esperada
por minha mãe e você;
crescendo, doendo,
enfraquecendo,
renunciando, amando;
meu herói morreu tão jovem,
mais me viu nascer pra
ser sua linha de continuação;
e, eu me orgulho de você PAI,
nunca pude chamar, tinha
somente 3 meses, é isso;
sei que estás do meu lado,
anda comigo sempre me
ouvindo, me amando;
me ajuda a recomeçar,
aqui, emocionada,
tremendo de medo como
aquela criança que ficou;
bichinho assustado que sou;
com cuidado, me ensina a
me achar, eu te amo PAI ;
(...) já sou uma vovó que
fala de você, mas, não
sei fazer, "aquela criança"
crescer e parar de sofrer.
Eu te amo PAI !!!
Marisa de Medeiros