A companheira sensata
A solidão era imensa. Chegava a doer. Mas ele tinha a plena certeza que naquele momento era o melhor. Ele errara tanto, acusara tanto, brigara tanto, que precisava daquele tempo pra se conhecer melhor. Chegar, definitivamente, ao ponto inicial, ao "fio da meada". Descobrindo, enfim, se o erro estava nele, ou nas pessoas que o cercavam. Ainda assim, sabia ele, se o erro estivesse em si, teria de mudar; já que ninguém pode se manter no mesmo lugar. Porém, se o erro estivesse nas pessoas, ele nada poderia fazer. Somente continuar no mesmo ponto em que se encontrava: distante. Não necessariamente de tudo - ele conhecia seus erros, seus medos e suas limitações - mas sim de todos que, de uma maneira ou de outra, lhe faziam algum mal.