Onde você está meu filho?
Sofrimento,
Agonia que não passa
Procuras em vão
Buscas que não dão em
Nada
Becos escuros,
Valas vazias
Sangue
Muitos tiros
A minha volta e
Só queria ver seu rosto
-filho...
Onde estás?-
Vielas com seres amontoados
Como se nem vivos estivessem
Silêncio,
Medo da procura ou
Seria do encontro?
Filho, onde estás?
Em que caminho as drogas o levaram?
Porque os princípios
(que tão carinhosamente lhe passei)
Você os perdeu?
Mas, filho amado
Vou continuar procurando
Um dia nos encontraremos
Novamente...
Amo você,
Pra sempre mamãe...
( Essa carta é um dos muitos desabafos que ouço de pais e mães nas Clínicas de recuperação em que fazemos um trabalho voluntário)