Organizada desordem
Às vezes acredito muito precisar de uma boa massagem no coração. Ao mesmo tempo me pergunto: "será que resolveria alguma coisa? Penso que não." Alguém continua dentro dele, fazendo toda a sua bagunça costumeira. Parecendo até perdido em meio a tanto amor que encontra por onde tenta devastar. Mas também creio que ele não deva se preocupar. Essa bagunça é a única que não faço questão alguma de arrumar. Nasceu do amor. Cresceu na dor. E um novo "bagunceiro" só pioraria a zona com a qual já me acostumei a conviver. Ora me faz chorar, ora me faz imensamente feliz. Talvez um sinal de que, apesar das lembranças ruins, boas existiram. E de que todo aquele amor valeu a pena.