Ao meu Intruso Literário
Não sei escrever cartas. Não sei como começá-las; como continuar, como terminar. Mas eu precisava escrever.
Precisava escrever por que é a única coisa que me restou; agora que você se foi... Para sempre. Para todo o sempre.
Talvez onde você esteja; não exista serviço de cartas. Não sei em que lugar você está agora, mas o impossível é a sua volta: ninguém jamais volta do último suspiro. E o mais torturante de tudo; é que o seu último suspiro foi dado perto de mim: eu pude senti-lo, ouvi-lo; lamentá-lo.
Ainda não consigo crê-lo.
Escreverei cartas a você todas as vezes que a dor de não tê-lo ao meu lado; for maior do que a alegria dos poucos momentos que tivemos juntos.
Tão poucos!
O importante, é que esses momentos existiram, meu anjo.
Você mudou meu caminho literário: abriu meus olhos para o magnífico mundo que se esconde nos versos e nas rimas.
Em todas as minhas rimas, você está. Em todos os meus versos; há um traço seu.
Você se foi; mas continua em mim.
Saudades suas; meu Intruso Literário favorito.
Beijos da sua
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