O tal do Amor
Amor! Seria realmente muito bom recordar. Se hoje, tanto tempo depois, ainda não trouxesse tanta dor. Se o que existisse fosse somente as lembranças de tudo o que deveria estar esquecido. E não a sombra de um sentimento que apenas soube me fazer parar no tempo. Porque as horas correm, os meses mudam, os anos chegam cada vez mais rápidos. Mas o amor? Esse infelizmente ainda existe como se fizesse apenas um dia. Como se eu tivesse dormido e, agora, em meio a tudo o que restou, acordasse do pesadelo que se tornou amar você. E não minto quando digo que sinto saudades do primeiro encontro. O primeiro sorriso, o primeiro abraço, o primeiro beijo. E que faria o possível para voltar no tempo. Só pra congelar ou eternizar aquele momento. As relações acabam mesmo, por qualquer que seja o motivo. Assim, muitos afirmam: “ninguém nunca vai te amar como eu te amei”. Eu, pelo contrário, me questiono a cada novo dia que chega: “quem vai me amar como um dia você me amou?”.