A guerra que nunca declarei
Das guerras que nunca declarei a pior é a que travo comigo mesmo. Não há vencedor, não há perdedor. Há uma prisão, mas não existe sequer um exército para guerrear comigo. E nessa eu me perco, sem saber em que momento isso aconteceu. E quando é que me encontrarei. Para declarar a paz, mostrar a bandeira branca. Seguindo, assim, meu caminho até um lugar onde certamente haja sol, haja luz. E as conquistas estejam sempre presentes, mesmo quando existirem também as mais dolorosas ausências. Especialmente quando essas se referirem ao amor. Independente do sentimento e sua intensidade sempre serão as que mais vão doer, machucar e sangrar. Ferindo fundo. Deixando a dúvida de quando vão cicatrizar. E quais sequelas vão ficar.