CARTA ABERTA AO DOUTOR...

Caro Doutor,

Já não sei o que fazer, neste mundo que de tudo há...

Me ensinaram a ler, a escrever...

E por que não me deixam falar?

Minhas mãos Doutor,

Tem correntes muito fortes,

Os meus pés já não podem mais andar,

A minha boca tá presa aos seus direitos,

E os meus olhos não querem nem olhar.

É tenente, é cabo, é capitão,

É título, é cargo, é nobreza...

E tudo que vale nessa vida é que enche o "pobre" de tristeza...

Querido Doutor,

Já apanhei sem merecer,

Já comi até mesmo sem gostar,

Mas quem come aquilo que não gosta,

Fique certo que a tendencia é sempre vomitar.

Doutor, o meu o choro não tem fim...

Mas um dia eu sei que não vou mais soluçar...

Será então o dia da vitória,

E unido com meus filhos, eu vou...

Ah! Doutor... eu vou cantar.

Geraldo Rolim
Enviado por Geraldo Rolim em 08/01/2013
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