A musicalidade dos sentimentos
O que acontece é que as músicas que mais nos "entendem", por assim dizer, são depressivas. E, mesmo algumas sendo absurdamente lindas e escritas "sob medida" para nós, as associamos às pessoas erradas. E com isso sofremos ainda mais. Alimentando o que deveria estar "morto e enterrado". O grande problema é que grande parte delas está em nosso computador ou celular, sempre "nos acompanhando". Talvez seja a hora de trocá-las. Ou esquecer de vez quem lembramos ao ouvi-las. Mas como? Cada pessoa que passa em nossas vidas, associamos a alguma música, seja esta feliz ou triste. Com algumas pessoas temos mais de uma música. E notamos por aí que muitos, ao terminarem um relacionamento, ficam escutando, diversas vezes, a mesma canção que lembre a pessoa amada. Como se assim, pudesse manter acesos o sentimento e as lembranças; mesmo que de maneira solitária e um tanto quanto vazia. Mas se precisarmos "apagar" essas pessoas de nossas vidas, precisaremos também apagar essas músicas? Talvez. Mas aí vem a questão principal: será que queremos mesmo esquecer?