A Tempestade
Levanto me em mais um dia de Setembro, olho pela janela e tudo me pareçe sorridente, o sol brilha lá no alto, o mar ao fundo transmite me a força para me levantar em mais uma manhã para que daqui a 3 horas possa estar na praia a disfrutar deste sol.
Corro até ao wc, depois da minha higiene preparo me rapidamente para sair engolindo uma torrada e um copo de leite enquanto corro para a porta, digo que engulo pois á velocidade a que a comi com certeza que o meu estomago ainda terá trabalho para tratar desta refeição nas próximas horas.
Chegado á praia , bandeira amarela, um vento calminho, a água "mexida" transmite me a nostalgia própria dos náufragos, corro para ela em busca que me leve para outros lugares mas a única coisa que consigo é um mergulho desajeitado em pleno oceano Atlântico.
Volto para a toalha após meia hora dentro de água, depois de mil mergulhos naquelas marés vivas que outrora num dia distante já ressuscitaram várias sereias e vários tubarões adormecidos, chego á toalha com a esperança que o vento não aumente para que possa secar me e apanhar ainda um pouco do sol tão forte que a tarde trazia.
Não tive sorte , o vento acelerou, a areia voava em remoinhos infernais, vi me obrigado a abandonar a minha praia, aquela que há 13 anos não me pregava uma tamanha partida, rumei a casa ainda com o olhar no horizonte com a expectativa que o amanhã não trouxesse o vento e o dia pudesse ser então retomado.
Já de noite, aproximo me da janela da minha sala, clarões inundam o horizonte com o barulho ensurdecedor dos trovões que batem ao longe, afinal o verão foi mesmo embora, estou triste pois ele nem uma carta me deixou.
O dia de praia e toda a felicidade do sol a bater me na cara e nas veias já só retomarei no próximo verão, caro amigo não é um adeus mas sim um breve até já...