Vozes da América.

Quando todas as vozes se calarem ante à infâmia e a desigualdades; quando iguais forem milhares na fome e na miséria. Quando o mundo parecer injusto demais e apenas gemidos forem ouvidos , o poeta não se curvará ante o chicote da insensatez.

Enquanto os párias reinarem sobre uma multidão de assustados e sofridos seres , enquanto tivermos armas empunhadas por crianças lutando contra injustiças e desigualdades ; enquanto a fome assolar e dizimar famílias inteiras, o poeta não se calará.

Enquanto a fome levar a morte , insana comensal dos desprotegidos e sem alma, a América se levantará.

Empunharemos nossas armas e penas, nossa voz se fará ouvida e sentida, nossas almas se encontrarão , nossos corpos aquecerão o frio vazio de nossas existências abortadas.

Quando então, mãos se procurarem em abraços e olhares se encontrarem em sorrisos , voltaremos para casa , na completa certeza de uma missão cumprida.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 01/01/2013
Código do texto: T4061988
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