Sentada, em frente à tela, não consigo mais digerir todas as catástrofes pessoais e públicas escrevendo algo coerente.

Confusos pensamentos, fraca memória...
Mãos, pés, joelhos e ombros doloridos.
O sal amargo já não alivia as dores.
Faz- se necessário os lícitos analgésicos aliados ao desejo de que haja um bálsamo, que repentinamente retire do corpo as dores e leve o ser cansado a um lugar de calmaria.

Eu poderia lhe falar dos risos das netas, das palavrinhas balbuciadas pela mais nova...
Isso alivia!

Porém a realidade das cifras diárias assusta, mais que os fantasmas da infância, como cobras e a velha da foice.

E é lamentável , pois,daqui a alguns anos o monstro que por hora me atormenta,não fará a menor diferença!

Afinal o que como hoje, por mais saboroso que seja, vira detritos indesejáveis com a efemeridade de horas...
O que me sustem, do alimento ingerido, é a qualidade, dependendo da qualidade da metabolização de meu organismo...

Amêndoas, nozes, damasco, foram interiorizados mentalmente...

Talvez assim a apatia fuja!
Talvez assim eu destrua esse algoz!

Despeço-me antes da hora,
pois tudo está incoerente demais!
Meu eu poético agoniza, no limiar da morte!


♥♥♥
INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 28/12/2012
Reeditado em 31/12/2012
Código do texto: T4057434
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