Sentada, em frente à tela, não consigo mais digerir todas as catástrofes pessoais e públicas escrevendo algo coerente.
Confusos pensamentos, fraca memória...
Mãos, pés, joelhos e ombros doloridos.
O sal amargo já não alivia as dores.
Faz- se necessário os lícitos analgésicos aliados ao desejo de que haja um bálsamo, que repentinamente retire do corpo as dores e leve o ser cansado a um lugar de calmaria.
Eu poderia lhe falar dos risos das netas, das palavrinhas balbuciadas pela mais nova...
Isso alivia!
Porém a realidade das cifras diárias assusta, mais que os fantasmas da infância, como cobras e a velha da foice.
E é lamentável , pois,daqui a alguns anos o monstro que por hora me atormenta,não fará a menor diferença!
Afinal o que como hoje, por mais saboroso que seja, vira detritos indesejáveis com a efemeridade de horas...
O que me sustem, do alimento ingerido, é a qualidade, dependendo da qualidade da metabolização de meu organismo...
Amêndoas, nozes, damasco, foram interiorizados mentalmente...
Talvez assim a apatia fuja!
Talvez assim eu destrua esse algoz!
Despeço-me antes da hora,
pois tudo está incoerente demais!
Meu eu poético agoniza, no limiar da morte!
♥♥♥