DUAS CARTAS-POEMAS

Sal,

Amor dá medo, quando em mim cutuca

Era tão bom quando tudo era criança!

Essa coisa louca que fere, arde e machuca

E deixa a gente bobo sem forma de esperança

Eu quis beber da fonte a juventude

Quis ficar velho, sábio e com vigor

Troço tão doido que ainda me ilude

E vivo acreditando mais uma vez no amor

Ergui altivo briosa a minha cabeça

Segui em tudo o que o peito diz

Na busca insana de me fazer feliz

Para que em mim o amor jamais pereça

Busquei no nada o ardor da velha chama

E repito tuas palavras: ama, ama!!!

Bjs

F.

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Mensagem referente ao texto [Pensei que era criança] - Poesias.

Medo de amar?

Não tenha, meu amigo.

Diante do amor só existe esperança

e o velho amante volta a ser criança.

Não queira retornar à enganosa juventude...

O vigor da velhice é mais vigor

porque é sabedoria aliada ao amor...

Segue, amando, o caminho que te chama

ergue, altivo, a cabeça

e ama, ama, ama!!!

Ouve a minha experiência que te diz

que nunca é tarde para ser feliz!

Meu beijo amigo

Sal

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* Correspondência poética publicada originalmente no site USINA DE LETRAS em 20/10/02