Amor à distância

O prelúdio mais plausível deste pequeno romance aconteceria se assistisse a mim simplificar todo o meu sentimento em uma introdução, todavia isso é impossível. Mas como sou um homem indigno de seu amor e beleza, tentarei sumariar todo o meu sentimento nas próximas palavras contempladas com vossos belos olhos nesta carta.

Confesso-lhe que nunca tive uma relação muito amigável com a distância, a mesma sempre foi um pesar em meus dias. A distância é o maior desconsolo para um homem apaixonado, a mais acentuada agrura para um coração sedento por carinho. É inevitável odiar este mal que deseja-me assolar.

Só que desta árdua verdade, estou calejando-me. Não há um dia que não sinta saudades da ternura de vosso olhar, da sutileza de vosso toque, da meiguice por vossa personalidade invejável transmitida, da complacência que tens que inveja-me, da vossa doce e impecável voz, a vossa voz, talvez a maior de todas a beleza a ti atribuída.

Relevante mesmo é o que sinto, pois tal proporciona-me escrever com afinco tais palavras, tal sentimento proporciona-me uma felicidade interminável, talvez a mais sublime felicidade se encontre apenas com você. Mas você se encontra longe, há quilômetros. O que devo fazer? A não ser lembrar-me de todos os momentos em que conversávamos por telefone e éramos felizes? Tais momentos significavam que o mundo ao redor deixara de existir, que só restava você, a mais perfeita companhia, você não é apenas a melhor namorada, é a melhor amiga.

Lembro-me nitidamente do dia em que nos conhecemos. É notável que isso é importante pra mim, levando-se em consideração que evidentemente foi o melhor presente pelo qual já recebi. Mas foi uma ironia da vida, intrigante, como se já estivesse escrito, como se os nossos corações já se estabelecessem entre si, como se eles já se completassem.

Levou apenas algumas horas, para encontrar-me perdidamente e irrevogavelmente apaixonado por você, por vossa voz, por vossa beleza, sublime namorada. Não culpo-me de tal, até o mais tolo dos homens sucumbiriam a tal presença e marcante ternura.

Todavia, já sei o que farei, simplesmente amar-lhe-ei com afinco todos os meus dias. Dedicar-lhe-ei meu amor, complacente é muito pouco perto de que serei. Não posso estar ao seu lado, mas meu coração está sempre estará olhando por ti, batendo por ti. O meu amor e você caminharão juntos por toda a eternidade.

Não se abarrotes de amarguras devido à distância meu amor, esse papel também o farei, lembre-se que existo e que penso em você, lembre-se que farei tudo que for alcançável para fazê-la feliz, lembre-se do dia em que nos conhecemos e o torne eterno. Por que isso o farei, pensarei em ti, sentirei seu amor mesmo que distante, lembrarei de sua voz, pela qual sem a tê-la não consigo viver. Não me resta só a solidão há quilômetros de você, resta-me também a esperança de que algum dia ficaremos juntos para sempre, resta-me a verdade de que dois corações batem unidos, que dois corpos se atraem e que nem mesmo a distância é capaz de apagar tais verdades. Nada é capaz de apagar o quê é construído pelas vigas do amor, nada, nem mesmo a distância. O quê devo fazer? Indago-me! Nada! Você já faz tudo, apenas por respirar.

Amauri Rodrigues
Enviado por Amauri Rodrigues em 20/12/2012
Reeditado em 07/10/2013
Código do texto: T4045361
Classificação de conteúdo: seguro