Eu duvido

Duvido...

Duvido que eu não chore por sua declaração,

por sua maneira de dizer que me ama

e que não quer me perder!

Duvido que eu não te abrace forte

e te faço sentir-se a pessoa mais importante do mundo...

Duvido que eu não me perca

nem me entregue aos seus encantos

de tal forma que quando longe eu estiver,

meu cheiro seja seu conforto...

Eu duvido...

Duvido que em seus braços

entre abraços e afagos,

minhas lágrimas não lhe encharquem

à ponto de saber que a um coração apaixonado

apenas obedece...

Duvido muito disso!

Duvido que resista ao meu silêncio nas horas das brigas,

onde os passos certeiros me guiam

e me levam muito mais para perto de ti,

pois, nada se compara ao que sinto.

Torno-me pequeno, bobo, risonho

e vejo tudo bem claro, nítido...

Duvido muito disso...

E nessa dúvida andante eu vou

rumo ao que não sei,

ditos por outros em papéis,

rascunhados repletos de erros...

Duvido que não te convenço

que meu amor seja verdadeiro

e que o infinito em maestria rege,

eloquente!

Eu duvido...

Daniel Cezário
Enviado por Daniel Cezário em 17/12/2012
Reeditado em 20/12/2012
Código do texto: T4039855
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