Para um amigo, desconhecido. Felipe.

E quando você sai por ai, sem saber para onde vai tentando vencer a sua timidez, tentando descobrir quem você realmente é?

É como estava me sentindo hoje quando cruzei com ele, talvez um anônimo desconhecido ou apenas um verdadeiro amigo, esse era ele.

É até estranho falar de uma pessoa assim que você não conhece, mas mesmo assim é comum. Quem é ele? De onde é? O que gosta? Ele bem que poderia me responder, mas e a coragem de perguntar?

Ele me disse para vencer a timidez, porém, eu consegui vencê-la num instante, mas agora estou tímida de novo. Acho que estou me acostumando com ele, por isso talvez não seja tão tímida assim com ele, pode ser que sim ou que não, tire suas próprias conclusões.

A única coisa que sei sobre ele, é que não é mais virgem.

Pode ser que ele seja, mas quem fala assim tão abertamente de sexo ou é sexualmente ativo ou é apenas um viciado por conteúdos adultos. Ele é doido, mas é legal.

Às vezes sinto falta dele, das palavras, da companhia mesmo que estejamos à quilômetros de distância, será que pessoalmente ele também é assim?

Nunca o ouvi, será que a voz dele é fina? Grossa? Será que ele é de poucos amigos? Tímido como eu? Além de mim, não conheço direito quase ninguém.

Felipe, como pode ser tão estranho?

Agora você deve estar se perguntando: Por que ela consegue se expressar tão bem nas palavras, porém no “ao vivo” ela quase morre com tal timidez dela?

Vou lhe responder.

Tenho muitas visões da vida, tenho muitos conceitos que talvez rendessem um livro extenso e complexo sobre as confissões de uma adolescente problemática e louca, porém nenhumas dessas confissões seriam entendidas por amadores, que nada sabem da vida. Eu também não sei absolutamente nada do viver, do correr risco, mas tento curtir cada instante que me é proposto, vai que acho meu príncipe encantado, isso é se ele existe.

Esse texto é apenas uma carta para você Felipe, um amigo, louco, sincero, que não me conhece, mas quase me define sem saber, pode ser que um dia nos encontramos, pode ser que nunca mais nos falamos, pode ser que eu enlouqueça, pode ser que você me esqueça, mas também pode ser que ao sair pelo portão de madeira de casa, eu encontre uma forma de lhe agradecer por todo bem que faz por mim, tudo que diz sem saber que cabe a mim.

Quando tiver um pouco mais de coragem, conto mais um pouco do que vi e ouvi da vida.

Beijos Lethiche.

Lethiche
Enviado por Lethiche em 14/12/2012
Código do texto: T4034802
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