Estante da Memória
A parte que mais gosto em mim é meu coração. Não pela imensa capacidade de amar, mesmo quando isso me faz sofrer ou chorar. Mas por saber que é nele que guardo com carinho todas as pessoas especiais de minha vida. Inclusive quem já deveria estar esquecido. Mas que não deixa de ter sua contribuição para o que fui, o que sou e tudo aquilo que ainda serei. Independente do que aconteça a vida é muito curta, embora às vezes pareça tão longa e um tanto quanto lenta. Já as pessoas, únicas. Porque como já disse o sábio Charles Chaplin: todos que passam por nossas vidas levam um pouco de nós e deixam um pouco de si. E nossa existência nunca mais é a mesma depois que conhecemos alguém que muito nos tenha marcado e deixado o seu nome em alguma gaveta na estante da nossa memória. Aquela mesma que remexemos quando sentimos falta de algo que há muito não víamos. Mas que jamais perdeu sua importância e seu significado.