Semeando esperança
O menino que cultivava sonhos e colecionava sentimentos. E nem se importava se eram bons ou ruins. Os bons ele guardava, mantinha pra si. Alimentava na esperança de que crescessem. Os ruins; ah, esses ele tentava extrair algum aprendizado com a intenção de não repeti-los com alguma nova pessoa que chegasse. E em seu pequeno coraçãozinho não havia espaço para mágoas, ressentimentos e angústias. Para ele, o que importava era aprender sempre mais. Crescer, mesmo quando ele via o quanto os adultos se devoram. E o quanto essa ainda é uma das mais complicadas artes de quem vive um dia após o outro. Como se cada dia que chegasse, ou cada pessoa que se aproximasse, fossem os últimos de sua vida.