As flores.

Ele abriu seu coração, falou de sentimentos

antigos, de novos desejos;

Tratou o Amor como a única coisa de valor

da existência humana;

Ouviu gracejos, viu sua solidão voluntária

ser repreendida, viu uma mulher fazendo um

esforço sobrenatural para se transformar em

duas.

Quando percebeu que a dúvida de hoje tinha

sido a certeza de ontem, que os sentimentos

guardados se tornaram motivos de irritação

e exasperação, resolveu sair de cena.

Acabou com tudo!

No dia seguinte ela gritou ao mundo todos os

anseios misturados aos seus medos.

Os leigos se desmancharam em elogios, em

louvores, assinaram em baixo.

Ninguém tomou conhecimento de um coração

mais triste, mais desmotivado.

Eram textos cheios de beleza e muito singelos!

Dezembro de 2012.

Paulinho de Cristo
Enviado por Paulinho de Cristo em 09/12/2012
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