Estávamos em férias ... continuação 49a. carta "Descobri, por acaso, que meu filho conseguia calcular, raciocinar..."
As descobertas continuaram. Uma noite estava eu tentando fazer o meu filho escrever e nada, jogava fora a caneta, quebrava os lápis e amassava o papel.
Tive que insistir, repetindo a insistência do pai dele, segurei bem forte a mão em direção ao papel, e quase virou uma luta. Puxa daqui. Empurra de lá. Dava voz de comando para escrever 1-2-3-4. Repeti muitas vezes, segurando a mão próxima ao papel e ele escreveu 5-6.
Quase pirei. Meu Deus!
- “Filho, e o 7? e o 8 e...?”
Quase sem fôlego fiquei ao vê-lo escrever a seqüência de números a cada solicitação minha. Escrevemos até o número 70 nessa noite.
O pai dele emocionado ficou ao entrar no quarto e se apressou em tirar fotos e filmar para registrar.
Repetimos tudo na manhã seguinte. E ele fez novamente. Escreveu números com 3 algarismos. Salteado. De trás para frente. Graças a Deus.
Escrevi algumas somas simples e pedi para ele escrever a resposta.
- “Ele escreveu! Meu Deus! Graças a Deus”. Meu filho conseguiu resolver questões simples de matemática. O raciocínio estava preservado.
Repetimos todos os dias. Verbalmente também. E ele consegue fazer mentalmente somas, subtrações, divisões e multiplicações, com até 2 algarismos.
Pensei: “será que ele se lembra de raiz quadrada? De potência?” Arrisquei. E ele conseguiu fazer com números pequenos.
Perguntei para ele: “Filho, quero fazer 4 bolos e preciso comprar manteiga. Quanto eu preciso de comprar se 1 bolo é feito com 250 gramas de manteiga?”
- “Um quilo, mãe”
Empolgada fiz perguntas de conversões de gramas para kg, de velocidade, de miligramas para litros. Ele compreendia, calculava e respondia.
Só elevei meu pensamento a Deus e agradeci.