Diário de Bordo
Algum dia /de algum mês/ de algum  ano
Qualquer hora de uma noite de céu  estrelado...
Em algum lugar deste imenso mar...



Acabe logo com isso...Eu preciso dormir novamente...
Onda que nasce nas profundeza de ti é este amor desmedido; a mesma onda que me acerta e no oceano a calmaria impera ...E aqui a onda é viva, me afoga mas não me mata...Tudo parece tranquilo neste rito maldito que não acaba...

fugir já não quero mais, não adianta partir...Não há como se livrar, tardia constatação...
Onde quer que eu esteja comigo está meu coração; mesmo que eu o arrancasse e o enterrasse na areia, ele bateria eternamente e tua falta seria sentida.
Me perco nos mares, para dentro e para fora da vida, mistura-se ao sal de meu deserto azul as lagrimas que não chorei em terra firme...
E esta é mais uma pagina de meu diário, uma carta que não será lida, que não será entregue...Por Deus, se seja esta agrura esquecida...

-Com quem falo agora? Acostumei-me ao silêncio, tenho apenas meus pensamentos e tua imagem colorindo de tristeza todo mar azul a minha volta...
Mas quem és tu?

Esqueço teu rosto, teu talhe, tua voz, teu riso e teu choro, mas não esqueço tua alma e teu perfume, me acompanham por mais que corro...Sim...Eu me lembro!
Sou o ar de teus pulmões, o sangue veloz e quente que corre em tuas veias, sou teus ouvidos inclinado ao mar, sou o teu cantar, tua alegria e teu lamentar, não tenho coração, então o que devo de mim arrancar?
Deixei ele na terra e tu deixou o teu no mar...Vivo teu tormento, então sejas feliz, pois vives o que vivo, deite-se na areia olhe as estrelas e sonhe meu sonhar.

Muitas mentiras foram erguidas entre nós, muralha liquida, sem cheiro e insipida. contempla-me de onde estás de forma distorcida, o único mal desta parede d'água entre a minha e tua vida. tudo sempre parece miragem, tudo assume formas de intrigas...
temos todo tempo para continuar esperando o que se cansará primeiro, aquele que condensará esta inglória parede que faz de mitos grandes verdade, e das verdade grandes mitos de ar e ilusão...
E o maior mito de nossas vidas chama-se solidão...
Nunca estamos sozinhos, não enquanto houver vida e mar...

Ass: Alguem

 

http://www.youtube.com/watch?v=nH-k4vQrEQ8&feature=related
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 13/11/2012
Reeditado em 13/11/2012
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