ESCOLA E CIDADANIA
Morada Nova-CE, 20 de dezembro de 2004.
Aos profissionais da educação
Quando comparo escola e cidadania, sinto-me entristecido ao constatar que nossa cidade, para puxar a responsabilidade para a realidade local, está escassa da consciência coletiva, visto que, os que erguiam/erguem a bandeira do bem comum, tornaram-se/tornam-se defensores das conveniências individuais e familiares. A irracionalidade é vigente nos palcos obscuros da nossa cidade no que diz respeito à política educacional. É necessário que alguém ouse falar alto e em bom tom que esse tipo de cena enoja o público e, se não for tomada uma atitude urgente, Morada Nova corre o risco de ser conhecida como cidade acéfala, entregue as “aves de rapina” – se é que já não estar. A escola, que deveria ser a ribalta para a construção da criticidade, corrompe-se, aliena a platéia com patranhas que deturpam sua própria ideologia: formar cidadãos éticos; educar para a vida. Assim, a novela continua... “falta transparência e democracia” no procênio, sobra esse eterno discurso enfadonho proclamado nos adros, patamares e palanques de que temos uma educação de qualidade para favorecer a construção da cidadania. Uma reflexão faz-se necessária para que, como diz minha amiga Nora Rabelo, saiamos da condição de pré-povo e comecemos a alimentar nossa construção cidadã de fato e de direito. Que outros se aliem para a elasticidade desta atitude. Que, neste Natal, possamos refletir sobre o principal fundamento (tão divulgado e tão pouco praticado) da nossa classe: escola e cidadania. Só assim poderemos construir uma escola verdadeiramente cidadã, e não sufocada através de indicações política partidária. Enquanto isso assistimos, diariamente, o fracasso escolar – crianças terminando o ensino fundamental como analfabetos literais e adolescente concluindo o ensino médio como analfabetos funcionais. Nossa!!!!! Que país é esse, meu "Deus"!!!!!!!????????
Um abraço de Gilnei Neves Nepomuceno