Frágil amante

Calor que congela o peito, ansiedade que corrói a alma, inquietação que ofega as desculpas, saudade que me tira o sono... Um quarto, uma vontade, um pensamento e uma voz que grita em lamento, a qual não ouço mais... E de poucas coisas a noite continua a passar, sem olhar nos olhos de quem nela cai aos prantos de seres que se tornam frágeis e solitários.

Basta fechar os olhos para que você então venha ao meu encontro, encontro esse que faço medo de acordar sem ti, na ausência em que me acostumei já não satisfaz meu peito, que só de pensar dispara, e não se aceita ter por você a distancia.

Estranho como tenho saudades do que ainda não vivemos, loucura relembrar nossos momentos que pra você nem aconteceram, mas enquanto isso vou afogando minha lucidez em palavras que jamais terão o peso sobre nós como um só.

A bolha se enche de emoções cultivadas na esperança, no desejo de que o irreal se torne palpável, ou que ao menos preencha esse espaço que já não cabe mais tanto vazio.

A bolha então é lançada, aos devaneios de quem só quer brincar, e esquece de que o maior valor pode estar nas coisas mais simples, que pela humildade e grandeza se esconde o brilho de ser irreconhecível, porém seu.

Caio Marra
Enviado por Caio Marra em 07/11/2012
Código do texto: T3973847
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