A última.
Te dou a chance de me ver. Te dou a chance de reaver teus erros. Te dou a voz para falar... E quando falas, é só para estraçalhar com tudo, com o quase nada que ainda me restava de esperanças.
Não tens esse direito! Não! Não tens o direito de criar em mim expectativas para dar de cara, de novo, com a tua cara de panaca e egoísta! Que direito tens de me ligar, propondo conversar, quando, na realidade, o que queres é só me perturbar, queres me enganar?
Sabes o que eu penso, oras! Sabes o que eu sinto por ti, não te faças de louco! Sabes o que eu quero, e sabes que não queres me dar, então, o melhor é dar no pé, ao invés de ocupar meu tempo e vir, com tua cara de pau deslavada, tentar reocupar minha mente cansada!
Me deixa em paz! Mas que não pensas, nem um pouco, no mal que tem me causado? A mim, que faltou só nascer de novo, para te ter de novo, e só servi como objeto para ti, objeto, usado! Não tens nem pena de mim?
Eu que te amei profundamente e que me vi rejeitada constantemente, te perdoei tantas, tantas vezes, para ser novamente maltratada, e agora que finalmente entendi tudo, tudo o que devias dizer, mas que tua coragem falha, agora vens conversar, sem nem ao menos ter pensado em mim? E nem ao menos com desculpas melhores! Estás me tirando para trouxa, senhor?
Eu sou amor, mas não sou trouxa, não me confundas. Esperei pelo teu retorno sincero e profundo, mas quebrei a cara. Não queres retornar, queres apenas me usar para teu prazer e me rejeitar quando não sirvo mais para ti.
Alegas que é teu trabalho... Que teu trabalho te impede de ser melhor...
Pois então, veja bem, caro trabalhador:
Fica com teu trabalho. Durma com ele, a ele dê todo teu amor, pense somente nele... E seja feliz!...
Mas sem mim!