CARTAS DE AMOR (Segunda parte)

Já se passaram muitas Eras

Desde a última vez que lhe vi.

Cada dia sem você é uma eternidade

Na imensidão profunda de cada sentimento.

Ainda estou no oceano de meu mundo

E cada vento que sopra sobre as águas,

Eu imagino que seja você,

Mas nenhum consegue se igualar ou ultrapassar

O seu ritmo agitado.

Fico imaginando se algum dia

Vê-lo-ei novamente,

Além de uma lembrança,

Além de uma sensação intuitiva.

Tens caminhado em terras distantes

Onde não posso alcançá-lo,

Já que sou herdeira e protetora

De um império agora amadurecido.

Não posso mais ultrapassar

Os limites de meu mundo.

Como e onde estarás? Eu pergunto.

Mas a dura realidade recai sobre mim.

Então a melhor pergunta a ser elaborada, seria

Se ainda guardas alguma lembrança

De um passado que teima em ressurgir

Em qualquer brisa que passe.

Ó triste solidão!

O que aconteceu conosco?

Já posso perceber os erros que cometi,

Quando decidi não subir naquele vulcão.

Hoje sei o quão grande e poderosa

É a força que move o destino das águas,

Abrindo caminho entre os obstáculos,

Dando a vida e também a tirando,

Mas sempre seguindo em frente.

Já ouvi historias

Da união de Vento e Água,

Mas parece que nossos destinos

Estavam trilhados a seguir

Em direção oposta aos nossos ideais.

Em certos momentos,

Nem toda beleza do mundo oceânico

Consegue preencher o vazio

Que você deixou quando partiu.

Inconscientemente continuo lhe esperando,

Mesmo sabendo que não voltarás

A agitar as minhas águas como antes.

Continuo nadando, sempre

Na esperança de que um dia ou um tempo,

Nesta vida ou na próxima,

Ficaremos juntos novamente,

Mas na forma que tanto desejávamos.

Lucyellen
Enviado por Lucyellen em 26/10/2012
Código do texto: T3952498
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