CARTAS DE AMOR (Primeira parte)
Entrei no seu mundo,
Mas ainda não lhe achei.
Procurei sobre e sob o oceano de águas cristalinas.
Enfrentei as ondas que se formavam por causa dos ventos fortes
Que deixavam o oceano inteiro agitado.
Como sou filha da água, sobrevivi.
Vi seu vulto sobre as areias quentes
Dos dias ensolarados de um planeta que nunca escurece.
Mas os ventos fortes que sopravam
Levaram-no tão rapidamente que não pude alcançá-lo.
Como sou filha da água logo estava cansada, pois não me adaptei na terra.
Voltei para o oceano.
Nadei por muito tempo.
Vi seu vulto novamente, mas desta vez,
Estava sentado à beira de um vulcão.
Fez gestos para que eu fosse até você,
Chorei de tristeza, mas não fui até onde você estava...
Tenho medo do fogo.
E você sumiu.
Os ventos continuavam a soprar fortes.
Fui até o fundo do oceano e quando olhei para cima e lhe vi,
Percebi que você é um filho dos ventos e como tal,
Nunca irá parar num só lugar.
Estou feliz agora,
Mas não posso morar num planeta
Onde há um Sol sem sua Lua...
Estou secando e tenho que retornar.
Mesmo não estando no seu mundo,
Sempre que o vento soprar, lembrarei de você.
Pode vir me visitar o quanto e quando quiser.
Estarei sempre aqui.
Por ser um filho dos ventos,
Você não poderá vir até o fundo do oceano do meu mundo para me ver,
Pois está destinado a ficar apenas na superfície...
A não ser que encontre um meio de chegar até mim,
Já que nada em meu mundo é impossível.
Se não conseguir achar este meio...
Não se preocupe...
Só precisará agitar as águas e saberei que é você.
O meu mundo é especial,
Pois, aqui, o amor reina e rompe as barreiras do impossível,
Tornando os sonhos em realidade.
Amo-lhe nesta Era e continuarei lhe amando...
Por toda a eternidade.